terça-feira, 8 de novembro de 2016

Imperdíveis!

Os 11 filmes mais significativos sobre Educação para repensar sua escola


1 – Como estrelas na Terra

O jovem Ishaan tem muita dificuldade para se concentrar nos estudos e mal consegue escrever o alfabeto. Depois de diversas reclamações da escola, o pai, que acredita que Ishaan não faz as tarefas por falta de compromisso, decide levá-lo a um internato, o que traz depressão ao menino. Mas, um professor substituto de Artes, Nikumbh, logo percebe o problema de Ishaan, e entra em ação com seu plano para devolver a ele a vontade de aprender e, sobretudo, de viver.


2 – Sociedade dos Poetas Mortos

Responsável por popularizar frases como “Carpe diem” e “Oh Capitão! Meu Capitão!”, esse filme de 1989 com Robin Williams no papel principal trouxe para a mesa temas extremamente delicados, como autoridade, expectativas familiares, suicídio e lealdade. O elenco excepcional e o roteiro ganhador de Oscar exploraram as problemáticas com sensibilidade, humor e maestria. Se você ainda tem dúvidas sobre a importância da poesia na formação humana, aqui está a resposta.

3 – Escola de Rock

Dessa vez o professor é Jack Black! Já sabemos que vem muita confusão por aí, não é mesmo? Mas talvez ele esteja passando dos limites ao tentar transformar uma turma primária em uma banda de rock. Ou talvez isso seja exatamente do que eles precisam. Com uma trilha sonora para dinossauro do rock nenhum botar defeito, esse filme de 2003 acabou gerando um musical na Broadway, um reencontro dez anos depois e uma série de TV. Mesmo com todos os absurdos próprios das comédias mais escrachadas, não dá para negar que o conceito colou.

4 – Escritores da Liberdade

Latinos que odeiam asiáticos que odeiam negros e assim por diante, em um ciclo de ódio que se perpetua por gerações. Essa é a turma que Erin Gruwell, interpretada por Hillary Swank, encontra em seu primeiro emprego. Além da constante tensão racial, o filme explora a carência de recursos para professores que desejam implementar mudanças, os impactos dos grandes sacrifícios nas relações pessoais e o poder da expressão como ponte para o autoconhecimento e confiança. Baseado em uma história real, essa produção de 2007 mostra na prática que ninguém é incapaz de aprender.



5 – Primeiro da Classe

Brad Cohen queria ser professor, em suas próprias palavras “o professor que ele nunca teve”, mas foi rejeitado por 24 escolas. O motivo: síndrome de Tourette, uma doença que lhe provocava tiques e lhe fazia emitir ruídos involuntariamente desde os seis anos de idade. Esse filme de 2008 conta sua história, revelando o que ele fez quando finalmente recebeu a chance de pôr à prova seu potencial.


6– Ao mestre com carinho

Esse clássico de 1967, com Sidney Poitier no papel de “mestre”, estabeleceu vários parâmetros para as outras produções com a mesma temática que viriam a seguir. Entre eles o conflito étnico, a hostilidade inicial e a abordagem diferenciada. A canção “To sir, with love”, cantada por Lulu, se tornou uma referência constante de admiração pelos educadores, sendo regravada em português por Eliana para a trilha sonora da versão de 2012 da novela Carrossel.

7 – O Milagre de Anne Sullivan

O desafio representado pela educação de Helen Keller parecia insuperável. Surda e cega desde os 19 meses de idade, a jovem havia se tornado violenta. Mas Anne Sullivan, também com um histórico de cegueira, enfrentou todas as dificuldades e superou qualquer expectativa, ensinando Helen a linguagem de sinais e mais tarde a falar, por meio da leitura labial por tato. O companheirismo entre as duas perdurou por 49 anos. Essa emocionante história já foi contada em diversos formatos, sendo uma das versões mais celebradas o filme de 1962, pelo qual as atrizes Anne Bancroft e Patty Duke receberam, respectivamente, os prêmios Oscar de melhor atriz e melhor atriz coadjuvante.

8 – Mentes Perigosas

Usando karatê e letras de Bob Dylan, Michelle Pfeiffer é Louanne Johnson, uma ex-militar que promete mudar as vidas de um grupo de jovens de uma comunidade violenta. E para ela, missão dada é missão cumprida. Lançado em 1995, esse filme reflete perfeitamente a época e o local no qual se passa, com a trilha sonora, recheada de hip hop e rap, permanecendo como um ícone daquela geração.

9 – O Substituto

Do mesmo diretor de “A Outra História Americana”, esse filme traz tons mais escuros do que os demais nessa lista. Não que os outros não tratem de questões tão densas quanto, mas aqui a perspectiva é claustrofobicamente individual: somos bombardeados pelas consequências das escolhas pessoais e pela maneira com que elas são determinadas por traumas e medos. “Quem vigia os vigilantes?”, questiona a antiga máxima. Aqui a questão é reformulada para “Quem ensina o professor?” ou “Quem consola o ombro amigo?”. Nas duras palavras de um dos personagens para o substituto: “Você parece ter mais problemas do que eu”.


10 – Entre os muros da escola

Ao tratar de problemas tão semelhantes aos que vemos acontecer no Brasil e assistimos nos filmes americanos, esse filme francês de 2008 causa uma sensação de universalidade das questões educacionais. Talvez a solução também ultrapasse fronteiras? O autor do romance autobiográfico por trás dessa história interpreta a isso mesmo nesse vencedor da Palma de Ouro. Descrito por críticos como “uma fatia de realidade”, temos adolescentes interpretando a si mesmos em um recorte do que acontece entre as paredes de uma instituição de ensino.

11 – Mr. Holland – Adorável Professor

“A vida é o que acontece a você enquanto você está ocupado fazendo outros planos”. Essa frase da música Beautiful Boy, de John Lennon, resume com maestria a ideia por trás dessa produção de 1995. Glenn Holland têm dois objetivos: compor uma obra-prima musical e constituir família. Ambos os projetos são afetados por circunstâncias fora de seu domínio e se harmonizar com a realidade à sua volta acaba sendo o maior desafio e a conquista mais plena.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Artigo muito interessante acerca de uma tendência se apresenta ao Ensino Público


UMA MODALIDADE PECULIAR DE PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA: A AQUISIÇÃO DE “SISTEMAS DE ENSINO” POR MUNICÍPIOS PAULISTAS

Acesso (PDF):
http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/20604/S0101-73302009000300009.pdf?sequence=1&isAllowed=y

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A herança política de Eduardo Campos



A morte de Eduardo Campos trouxe uma nova dinâmica para o cenário da eleição presidencial. Assim, a oficialização de Marina Silva como candidata foi, talvez, a única opção para o PSB, uma vez que a comoção popular parece recair sobre sua figura. A ex-senadora da República deve se aproveitar do passivo emocional gerado pela morte de Campos para eliminar a resistência que parte do eleitorado tem a seu nome.
A opinião pública e os jornalistas costumam olhar para as novidades, as alterações, mas prestam muito menos atenção na estrutura, nos projetos, nos partidos, nas alianças e nas negociações.
Há cerca de um ano atrás, Marina tinha capital eleitoral e parecia poder transferi-lo para Campos, o qual, por sua vez, tinha um partido em alta, que emergia como um dos grandes vitoriosos nas eleições passadas, figurando como alternativa à hegemonia do PT e PSDB. Com sua morte, Eduardo Campos, mudou o contexto, deixando de ser o consumidor de capital político e passando a produtor. Marina Silva deixou de ser uma força auxiliar e passou a ser a possibilidade real de captação de votos na corrida Presidencial.
Na História Política Brasileira, o “Executivismo”, ou seja, a fé de que o representante do Executivo (Presidente, Governador ou Prefeito) pode ser “salvadores da pátria”, é muito forte e constante. O povo e a mídia tendem a ver, além da novidade, o mito. Os candidatos são representados socialmente como “heróis”. Assim, é a Marina hoje; a mártire, o “diferente” em relação ao que está posto. Neste contexto, em geral, os eleitores se esquecem do Legislativo, que esse ano elege Deputados Estaduais, Deputados Federais e Senadores, lembrando que é o Poder Legislativo que tem a prerrogativa de fiscalizar o Executivo e de criar leis.
Marina Silva, por sua vez, tem um posicionamento ideológico no mínimo dúbio; é, ao mesmo tempo, de esquerda e conservadora com discurso religioso. Essa dualidade enfraquece sua imagem. Ao lado de Eduardo Campos, essa dualidade se esconderia, sem Eduardo Campos, fica evidente.
Eduardo Campos passa a ser um cabo eleitoral importante de agora em diante, porém Marina Silva tem que se encontrar com os propósitos do PSB, da Rede e de suas convicções políticas e ideológicas. Quem tentar, por qualquer artifício de propaganda, beneficiar-se disso, será provavelmente tratado como aproveitador, exceto Marina Silva.

A candidatura de Marina Silva pode herdar o máximo possível no capital emocional post-mortem de Eduardo Campos. Dos mortos só se falam coisas boas e os sentimentos acerca de Campos são, agora, os melhores possíveis. Não há mais pecado depois de transpassada a linha da vida, e os que são redimidos de seus pecados.