quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Conceitos de Educação



“A educação era capaz de produzir filósofos-reis” – Platão

“A educação deve livrar o aluno da tirania do presente” – Cícero

“A função da educação era de ensinar os jovens como proteger a sua liberdade” – Jefferson

“A educação serve para libertar os jovens dos constrangimentos não-naturais de uma ordem social malévola e arbitrária” – Rosseau

“A moral está jungida às realidades da vida, não a ideais, fins e obrigações independentes das realidades concretas. Os fatos dos quais ela depende, que são seus alicerces, procedem das ligações ativas e recíprocas entre indivíduos, são conseqüências das suas atividades entrelaçadas com a vida dos desejos, crenças, dos julgamentos, das satisfações e dos descontentamentos. Neste sentido a conduta e, conseqüentemente, a moral são sociais (...)” (DEWEY, J. A Natureza Humana e a Conduta, IV, cap. 4, p. 257).

O Conceito de Educação é um conceito difícil de definir, tendo sofrido alterações ao longo dos tempos. Na antiguidade os fatos eram transmitidos pela sua demonstração, cativando deste modo a atenção dos ‘alunos’. Mas com o aumento abrupto e exponencial da informação, e também de pessoas sedentas de informação, não se soube encontrar um método de ensino capaz de transmitir os fatos com uma componente prática, chegando-se ao atual estado de ensino teórico e rígido.

O CLÁSSICO CONCEITO DE EDUCAÇÂO

Na concepção tradicional de Educação, o aluno chega á escola com a ‘cabeça vazia’, cabendo à escola colocar-lhe um conjunto de conhecimentos factuais e habilidades intelectuais, testando periodicamente a aquisição destes conhecimentos através de provas e exames. As habilidades intelectuais mais valorizadas são a lingüística (capacidade de ler, compreender e escrever textos) e a lógica-matemática (capacidade de processar informação quantitativa). Deste modo, o aluno atravessa um percurso, em que etapa após etapa, de um modo previamente estabelecido lhe são despejados conhecimentos que tem de assimilar com o objetivo de passar para a próxima fase. Deste modo, o conjunto de fatos que lhes eram transmitidos não eram sinônimos dos conhecimentos adquiridos, porque basicamente este método apenas incentivava a memorização dos fatos e não as capacidades cognitivas tais como a interpretação, julgamento e decisão dos fatos, ignorando os estilos individuais de aprendizagem de cada aluno.

A idéia orientadora é ‘moldar’ os alunos para o mundo fabril que os espera, usando técnicas semelhantes a uma linha de montagem; salas de aulas isoladas e limitadas em recursos; mesas e cadeiras alinhadas em filas; o professor desempenhando a função de dono e empregador principal do conhecimento; e a apresentação da informação limitada aos livros-texto e do quadro negro de uma forma linear e seqüencial. Neste modelo de educação, há poucas oportunidades para a simulação de eventos naturais ou imaginários, tanto para aumentar a compreensão de conceitos complexos como para estimular a imaginação. Outro grande, inconveniente deste modelo, é o fato de haver uma grande divisão do conhecimento não havendo a possibilidade de ver os possíveis interrelacionamentos entre eles.

O NOVO CONCEITO DE EDUCAÇÂO COM O ADVENTO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

O conceito anterior tornou-se incapaz de lidar com as constantes mudanças que a sociedade se depara. O aumento do volume de informação disponível ao cidadão comum, e em especial aos profissionais que têm como parte do seu trabalho diário a tarefa de tomar decisões; a dificuldade em lidar com sistemas com maior ou menor grau de integração e necessidade de fazer relacionamentos entre novos campos do conhecimento antes isolados; o estabelecimento de novos padrões de comportamento social; a migração do trabalho regular para o trabalho em casa; a constante formação e reciclagem dos profissionais; a internacionalização do conhecimento, etc. Por todos estes motivos, a escola deve ser um espaço privilegiado, rico em recursos que promova a aprendizagem, em um ambiente onde os alunos possam construir os seus conhecimentos segundo os estilos individuais de aprendizagem que os caracterizam. Para isso, os alunos devem utilizar sistemas interativos apoiados na tecnologia, onde a motivação para a aprendizagem se mostre no aluno, cabendo apenas à escola dotá-lo de capacidades que permitam no seu futuro profissional aprender qualquer assunto que lhe interesse. Nesta filosofia de educação, o professor deixaria de ser um ‘passador’ de conhecimento e se tornaria um guia, um conselheiro, um parceiro do aluno na procura da informação e da verdade, tornando assim mais ativo o papel do aluno na educação.

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